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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ela havia dito que jamais esqueceria, porem, não tinha idéia de quanto mal isto faria.Jamais esquecer, implicaria em pensar não só nas respostas para parar a dor, mas também nas perguntas que a criaram.

Ela caminhava sozinha naquela noite voltando do bar. Esta era uma imagem comum.

Sozinha, sempre tentando se convencer de que naturalmente era diferente.

Sendo este um fato para ela, pensava que se concentrando, conseguiria construir sua vida baseada nas suas ideologias também solitárias que a aproximariam ainda mais da dor genuína que cultivava.

Mais tarde alguém contaria secredos, e Tatiele não estaria lá para ouvi-los.

Antes de saber destes segredos, imaginou coisas adolecentes e descabidas que a fizeram sorrir por um segundo, mas logo percebeu que esta era mais uma emboscada da sua imaginação.

Nenhuma relação acontecera naturalmente em sua vida, isto porque Tatiele continuava insistindo que não esqueceria, ainda que tanto mal causasse.

Tatiele optou pela solidão e seu segredo a criar vínculos com os segredos alheios e segue sempre se afastando das emboscadas de sua imaginação.