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terça-feira, 17 de abril de 2007

Seu amor é meu.

Reproduzirei um trecho do diário de Tatiele que copiei enquanto ela procurava o biricutico no closet:
(...) subi as escadas rolantes com as pernas apressadas, tinha pressa de me mostrar, tinha pressa de vê-lo, porque ali estava minha esperança. Mais uma entre milhões que se passaram.
Eu ia vê-lo novamente, não ia encontra-lo, porque este encontro era só meu.
Passei o dia ocupada observando de longe. Percebi algo diferente em seu olhar, ele estava bem!
No final do dia saímos para conversar, nós e mais 2 pessoas das quais penso que tenho pouca afinidade. Logo tomamos outro rumo, neste momento eu já sabia que ele se sentia seguro novamente, pela clareza em seus olhos e palavras: “AGORA ESTÁ TUDO BEM, TUDO VOLTOU AO NORMAL”.
Parece-me que faz questão de deixar-me triste.
Sinto amor por ele, mas um amor que não saberia descrever, um amor que nunca poderei isolar e tomar para mim, um amor que nunca será meu, mas nem por isso tem menos importância.
Ainda assim tentei me aproximar. Mas por que magoar-me ainda mais?
Muitas vezes, nestas situações, sentia-me pobre, miserável, então repensei sobre este amor.
Não isolado é de todos que se aproximam e que o merecem e que sabem vê-lo e senti-lo. Sendo de todos, também é meu
(...)
Achei madura e doce a conclusão de Tatiele e confesso que fiquei com inveja do amor que ela sente por esta pessoa, a qual não sei de quem se trata.
Preocupo-me com a mania que ela tem de acreditar estar apaixonada constantemente por pessoas sem o menor cabimento. Eu, sendo sua amiga, sei que Tatiele se engana muitas vezes, (quase todas até agora!) mas mantenho meu pensamento em segredo, pois posso magoa-la.
Penso que ela pode ter encontrado um pouco da doçura que procura e necessita alimentar-se.

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