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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Cadê minha mãe

Enquanto dormia, imaginava que a mãe velava seu sono, como foi da última vez que dormiu na casa da amiga. O problema é que a mãe que velava seu sono era a mãe da amiga.
Imaginava...
Estava calor, a falta de líquido no corpo a fez sentir sede.

Quando pensou em levantar percebeu que nem sua mãe nem a mãe da amiga estavam ao seu lado.
Ficou triste.
Foi a cozinha caminhando pelo longo corredor com piso frio. Sentiu medo.
Sentiu medo de perder o controle, sentiu medo de não ter onde segurar, sentiu medo do escuro. Sentiu tanto medo, porque há dias não conseguia se sentir em paz para decidir que direção tomar.
Então bebeu a água.
Voltou para o quarto pelo mesmo corredor, agora mais fresco.
Sentou-se na beira da cama olhando seus pés. Pensou em quantos quilômetros ele havia caminhado e levado consigo, corpo, mente e alma. Dividiu com ela experiências simples mais incríveis. Acompanhou seu crescimento e sentiu sensações diversas.
Estes MEUS pés sensíveis... pensou ela.
Os pés que já foram gordinhos, mordidos e acariciados por sua mãe. Aquela que não vela mais seu sono.

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